sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sem título, sem interpretação.

Por que as coisas tem que ser assim?
Elas tem que ser assim?
Por que tudo o que nos ensinam, não é verdade?
Por que eu tenho que aprender tanta mentira?
Pra depois quando eu descobrir que tudo o que eu aprendi é mentira
é perda de tempo, eu começar a mentir também? Como se fosse tão normal,
como se eu quisesse que isso se tornasse tão normal como sempre foi e eu nunca soube?
As vezes penso que seria melhor não existir, mas pra que tanto egoísmo também?
Será que eu posso pedir um favor pra todo mundo?
Dêem-me uma nova chance. Aliás, uma única chance. Se eu falhar, tudo bem. Tudo continua como está.
Eu só queria melhorar as coisas. Eu tenho toda a esperança do mundo, tenho coragem, EU ACREDITO NISSO. Acredito fielmente e gostaria de poder provar-lhes que eu conseguiria sim, se me deixassem.
Mas acho que estou sozinha nessa. Como em meus pensamentos sempre estive. Será que não existe alguém que possa se parecer o mínimo, um pouquinho que seja, comigo? Só pra me fazer companhia, não me deixar sozinha. Eu não quero mais pensar sozinha, amar sozinha, sonhar sozinha. Tantas coisas poderiam andar comigo, mas elas apenas caminham algum tempo, depois correm ou desaceleram. Aí elas se vão e eu não consigo alcançar, não posso tentar alcançar, seria injusto com a minha alma. Mas, eu também não poderia ficar para trás para continuar sendo acompanhada pelos passos lentos, meus joelhos enrijeceriam e eu não poderia mais me mover.
Ah, não me conformo, não desistirei também de não me conformar, eu não posso me conformar, não. As coisas não deveriam ser assim, não mesmo. Isso magoa as pessoas, isso fere o espírito.
Me lembro que nessa estrada eu ando só, somente. Apenas eu. E os passageiros passam me olhando. Acho que devem se perguntar sobre mim, quem sou ou o que sou talvez.
Bem, eu queria que compreendessem. Talvez aí me dariam uma chance. Uma única chance. De fazer o que eu acredito , de fazer o que minha fé me diz, o que ela me diz que daria certo, se eu tivesse uma chance. Uma, apenas.

Gabriela Silva Borges 19/11/2010

Nenhum comentário: