quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Engraçado

Engraçado como as coisas são.
Engraçado esse meu coração.
Olha só, depois de tudo isso ainda não tenho coragem de dizer que não te amo.
Li uma vez que amar é aceitar.
Aceitei o que você era. Aceitei o que você foi. Aceitei o que achei que seria.
E engraçado, eu aceito o que você já não é mais.
Você disse que nós nos conhecemos a tanto tempo
Perguntou porque eu estou fazendo isso com você.
E eu pergunto novamente, o que eu estou fazendo com você?
Perceba que, a tanto tempo já nos conhecíamos e você conseguiu fazer o que fez.
E ainda tem coragem de me perguntar porque eu estou fazendo ISSO com você.
ISSO o quê?
Coragem pra dizer a verdade você não teve.
Coragem pra assumir seu erro você não teve.
Coragem pra olhar nos meus olhos e dizer frente a frente. Você não tem.
E como é engraçado. Por você eu ainda guardo amor.
Eu te amei demais. Não poderia acabar assim tão facilmente meu sentimento.
Mas agora não é um amor de amigo, nem mais um amor apaixonado.
Agora é um amor entristecido. Um amor piedoso. Soa como compaixão.
Mas não é.
Eu ainda te amo. E duvido que vou deixar de te amar um dia.
A dimensão do meu amor por você, foi algo inacreditável. Imensurável. E não acabou.
Felizmente, a mágoa me abandonou e eu me sinto neutra agora.
Você saiu do traçado que percorríamos juntos e agora eu sigo sozinha.
Alguém veio pra fazer com que as lembranças não doam mais.
Alguém veio pra fazer com que as lembranças sejam apenas boas lembranças que não me farão chorar mais.
O porquê nunca será esclarecido totalmente. E o NOSSO amor acabou. Mas o meu amor por você continua. Chegamos ao fim da nossa história. E eu posso amar apaixonadamente com nova esperança no coração, eu posso amar apaixonadamente alguém. Alguém quem sabe, faça feliz meu coração.

Gabriela Silva Borges. Para alguém que nunca lerá.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Do ponto final:

"Talvez você nem tenha percebido, que eu te quis tão bem. Se ao menos eu pudesse te mostrar, o inferno são os outros. Você não quis me escutar, e o tempo não parou. Vou sair pra ver o sol, vou mentir e dizer que eu não sou feliz. Vou sair pra ver o sol, é. Deixo a porta aberta se quiser voltar, mas saiba que eu também consigo viver só. A solidão que me ensinou a ser mais forte E A QUALQUER LUGAR EU VOU SEM MEDO!" O inferno são os outros -Detonautas

Ah, como dói.
Dói te olhar.
Dói lembrar.
Dói a morte.
Dói o beijo, o abraço dói.
Dói o dia. A noite.
Durante o dia dói. E durante a noite.
Doem as fotografias. As cartas.
Mas os beijos doem mais.
O abraço dói.
A memória dói.
Como facada no coração.
Dói demais, amar-te assim.

Como queria eu poder odiar-te.
Como queria eu poder olhar pra ti e não sentir.
Como queria eu poder viver, sem você em mim.
Como queria eu não ser traída pelo coração.
Como queria eu poder ordenar a ele, o que me dizer.
Como queria eu poder ouvir-te, olhar-te, e não sofrer.

Ah, como dói.
Dói como facada no coração.
Dói demais amar-te assim.
Como queria eu que não doesse tanto.

18/12/2010 Gabriela Silva Borges